sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Escritora Fernanda Benevides escreve sobre Gadelha do Cordel e "A Saga de Franz"

Texto Publicado na terceira capa do livreto "A saga de Franz"


Guethner Gadelha Wirtzbiki, o Gadelha do Cordel, nasceu em 08/03/1981 na cidade de Fortaleza, estado do Ceará. Desde a infância demonstra o gosto pela literatura, escrevendo pequenas histórias , que logo começam a ser publicadas em suplementos infantis de periódicos locais, ganhando concursos literários destinados à sua faixa etária.
Carrega a arte em sua herança genética, tanto do lado paterno quanto do lado materno.Seu pai, Gothardo Macedo, era dado à lida de escrever, e seu primo Dimas Macedo, é escritor reconhecido.Do lado materno, encontramos seu bisavô, o poeta Francisco Silvério, e o grande artista plástico Descartes Gadelha.
Tem textos publicados em antologias a nível nacional, nas categorias poesia e conto, publicadas pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores, CBJE, sediada no Rio de Janeiro. Possui participação, ainda, em fanzines, dos quais se destaca a sua atuação no Palavra Desordem, publicado pela comunidade da UFC.
Seu trabalho literário vem sendo reconhecido por demonstrar tamanha criatividade. Sua obra “A História de (mais um) Francisco, o Rapaz que Queria Mudar o Mundo” foi recentemente citada pelo jornal “Correio da Tarde”, do Rio Grande do Norte, que indica a sua leitura, no projeto “Pedagogia no Cordel” da coluna “Pedagogia da Gestão”, pela visão que o autor tem da política brasileira e do tipo de político que temos à nossa volta. Seu cordel “A Rebelião das Letras” foi usado didaticamente em oficina de literatura realizada pela ONG Mediação de Saberes com os jovens carentes da favela da Graviola. Alguns de seus trabalhos já alçaram o campo internacional. “A Herança do Sultão, Ou Os Três Anéis da Discórdia” após seu lançamento na 7° Bienal Internacional do Livro do Ceará, pela Tupynanquim Editora, foi apresentado no Congresso Internacional de Cultura Popular realizado no México, em 2004. Já “A Lenda do Boto” fez parte da exposição “O Ano do Brasil na França”, em 2005. Contribuiu para o 2° Congresso Internacional de Odontologia com o texto “Para Quê a Problematização?”, realizado no Centro de Convenções de Fortaleza. No texto, abordou o ‘Arco de Maguerez’ e a ‘Problematização’, elementos tais, que mesclam interesses sociais e odontológicos em prol de uma melhor assistência à comunidade. O texto foi exposto em banners e distribuído em folders durante o evento.
Segundo o poeta Batista de Lima, “o jovem tem talento e potencial”, e “parece começar de onde os outros terminam”, além de informar que “seus poemas são significativos”.
Na área da dramaturgia, escreveu a obra intitulada “O céu dos poetas” abordando valores nacionais e regionais.Sua atuação mais expressiva, no entanto, é com a cultura popular, na área destinada à literatura de cordel.
Seus cordéis tratam de diversos temas, sejam eles o Cotidiano Urbano ( Valentino, o covardão), a preservação das Lendas Brasileiras (A Lenda do Boto), a preocupação com a Saúde da população (Cordel Dental) entre outros. Sua característica mais notável, assim como Leandro Gomes de Barros, é a adaptação de textos da literatura universal para o cordel. Destacam-se “A Herança do Sultão, ou Os Três Anéis da Discórdia” adaptada do livro Decamerão, do autor italiano, Bocaccio ; “A Peleja Entre o Poeta Erudito e o Poeta Popular” adaptada do poema “Variações Semânticas” do poeta concretista Haroldo de Campos e “A Verdadeira História de Ismália” adaptada do poema “Ismália” do poeta mineiro Alphonsus de Guimaraens.
Ao lado do seu amigo Amanay Parangaba, idealiza o projeto “Palavrandante: literatura itinerante” fundando assim, o selo editorial Palavrandante, com o intuito de tornar viável a profusão da literatura, de uma forma independente do mercado editorial já existente.
Nesse novo trabalho, “A Saga de Franz”, vem mais uma vez mostrar toda a força de seu talento, com suas inovações, cada vez mais características de seu estilo. Consegue, com excelência, dar um toque de nordestinidade às suas raízes polacas e alemãs.
“A saga de Franz” é, sem sombra de dúvidas, um trabalho de beleza irretocável.


* Fernanda Benevides, Escritora.

Um comentário:

Vc disse...

orgulho...foi isso que senti ao ler o texto!
PARABÉNS...e muito sucesso! você merece.
BJoooo