sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Gadelha do Cordel no Jornal O Mossoroense

Após contato com Caio Muniz, editor da seção poesia do caderno universo do jornal O Mossoroense, começou uma parceria desde outubro do ano passado. Alguns textos meus já foram veiculados, dos quais ,"Descrença" (http://www2.uol.com.br/omossoroense/291107/conteudo/poesia.htm), "O Poeta e a bailarina" (http://www2.uol.com.br/omossoroense/091207/conteudo/poesia.htm) e "Saudades" (http://www2.uol.com.br/omossoroense/130108/conteudo/poesia.htm), se destacam por sua qualidade literária. Há ainda o poema acrótico É poema! É poema! É poema, (http://www2.uol.com.br/omossoroense/301207/conteudo/poesia.htm). Próximo domingo tem mais, será publicado o poema "Pré-reencontro", vale conferir.

Abaixo, dois poemas para apreciação, "Descrença" e "O poeta e a bailarina":

Descrença

O corpo, a mente e a alma em amargura
do coração arrancam a emoção
e pouco a pouco abalam as estruturas
furtando os alicerces da razão.

Negada a vida dura ante à fissura
nega a cura do vício da ilusão
caminha sobre o abismo da loucura
o homem preso à torpe depressão.

Envolto na maré cheio de medo
que nesse vai e vem de sentimentos
obriga à vida e à morte o tal dissídio.

Mesmo sabendo ser ainda tão cedo
de fraco não aguenta os seus tormentos
e entrega a própria vida ao suicídio.

O poeta e a bailarina

"O amor não se aprende nem se ensina"
Escreveu o poeta em poesia
Ao inspirar-se ao som da melodia
Que na alma incitava mais sua sina.

A palidez alva dessa menina
Que de porcelana se revestia
Girando em cadência de harmonia
Sobre a sua caixinha, a bailarina.

Incansável o viajante sonhador
Mesmo sabendo que não podia tê-la
Deslumbrava-se enquanto ia fitá-la.

Mas de tão abstrato que era o amor
Tinha que contentar-se só em vê-la
Ousando de vez em quando tocá-la.

2 comentários:

Caio César Muniz disse...

Amigo, têlo em nossa página é um privilégio...
Escreva sempre...
Abraço,
Caio.

Beterraba disse...
Este comentário foi removido pelo autor.